Um casal acabou preso na última terça-feira (6/5), no município de Vitorino Freire (MA), por envolvimento em um esquema de lavagem de dinheiro vinculado à facção criminosa Comando Vermelho (CV).
Segundo a Polícia Civil do Amapá, os suspeitos movimentaram cerca de R$ 7,3 milhões entre 2019 e 2024, utilizando empresas de fachada e contas de laranjas para mascarar recursos provenientes do tráfico internacional de drogas.
A operação, batizada de Red Fall, foi deflagrada pela Delegacia de Repressão a Narcóticos (Denarc) do Amapá, com apoio do Ministério Público e da Polícia Civil do Maranhão.
Esquema sofisticado
De acordo com a investigação, o homem preso — identificado como Antônio Marcos Santos Barbosa — é apontado como uma das principais lideranças do CV no estado do Amapá.
A mulher, cuja identidade não foi revelada, cuidava da logística e da movimentação financeira do grupo.
Ambos levavam uma rotina discreta no Maranhão, longe das áreas de confronto, mas controlavam operações de tráfico a partir de rotas ligadas à Colômbia e Bolívia.
O dinheiro obtido com o tráfico era pulverizado em negócios fictícios, dificultando o rastreio por parte das autoridades. Entre os bens investigados, estão veículos de luxo, imóveis e empresas em nomes de terceiros.
Alerta na Região Norte
O caso reforça o avanço silencioso das facções criminosas nacionais sobre estados do Norte, especialmente com atuação do Comando Vermelho.
Com isso, o Amazonas — por sua posição estratégica — permanece sob atenção das forças de segurança, mesmo quando não há ligação direta em investigações pontuais como esta.
A Polícia Civil do Amapá informou que a operação Red Fall segue em andamento, e que novos desdobramentos são esperados, inclusive em outros estados envolvidos na apuração.