quinta-feira, 24, abril, 2025

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‘Tio Patinhas’ vai a júri por homicídio em Manaus

 A Justiça do Amazonas abriu nessa quarta-feira (9), o julgamento de Clemilson dos Santos Farias, mais conhecido — como “Tio Patinhas”. Ele responde por ser o mandante do assassinato de Adriana Monteiro da Cruz, morta por engano em 2017, no conjunto Amazonino Mendes, Zona Norte de Manaus.

Adriana acabou executada com tiros no lugar da irmã, o alvo real da trama. O erro custou uma vida e rendeu anos de processo.

No tribunal, o caso foi reencenado como um teatro de justiça atrasada, onde três dos denunciados — Mardson Serrão, Rodrigo Silva e Alessandro Costa — já nem estão mais vivos para sentar no banco dos réus. Morreram antes que o julgamento saísse do papel. A lei extinguiu suas penas, mas a culpa não desapareceu com eles.

Entre testemunhas e fantasmas

A manhã ocorreu com depoimentos técnicos: investigadores da Polícia Civil narraram o passo a passo da apuração. À tarde, foi a vez de “Tio Patinhas” se pronunciar, enquanto promotores e advogados afiavam argumentos.

A sessão, sob comando do juiz Diego Daniel Dal Bosco, contou com a ação dos promotores Marcelo Bitarães e Leonardo Tupinambá, que representaram o Ministério Público. Na defesa, três nomes: Cristiane Generoso, João Evangelista de Araújo e Eguinaldo Moura.

Erro no alvo

Segundo a acusação, o crime aconteceu às 21h45 do dia 8 de julho de 2017. Os tiros foram disparados por Mardson e Rodrigo, sob ordem de Clemilson e Alessandro. Mas a mira errou: Adriana morreu no lugar da irmã.

O Ministério Público descreve o crime como um caso clássico de “erro sobre a pessoa”, figura jurídica que não diminui o peso da tragédia — apenas a confunde mais. A sessão segue com previsão de desfecho ainda nesta quarta.