A Polícia Civil do Amazonas prendeu, na manhã desta quarta-feira (9), André Elias Almeida Soares, de 39 anos, suspeito de invadir uma sinagoga em Manaus e cometer crimes de intolerância religiosa. Os agentes cumpriram um mandado de prisão preventiva na residência do homem, localizada em um flutuante no bairro Tarumã, Zona Oeste da capital.
De acordo com as investigações do 24º Distrito Integrado de Polícia (DIP), André invadiu o templo na última segunda-feira (7). Sem conseguir contato com o rabino, ele colou nas dependências da sinagoga documentos com símbolos nazistas e mensagens de ódio.
Os policiais identificaram ainda que o suspeito já vinha adotando uma escalada de atitudes violentas contra a comunidade judaica e outros grupos. Entre os documentos apreendidos, estavam links para arquivos com simulações de atos sexuais envolvendo crianças, além de vídeos com ameaças a autoridades políticas e religiosas.
Diante da gravidade dos fatos, o delegado Marcelo Martins representou pela prisão preventiva de André, que passou a responder pelos crimes de racismo (por discriminação religiosa) e simulação de criança em cena de sexo explícito. A Justiça acatou o pedido e expediu o mandado de prisão, cumprido por volta das 5h.
Durante a ação, os policiais também cumpriram mandado de busca e apreensão no flutuante onde o suspeito morava. Foram recolhidos celulares, computadores e HDs, que passarão por perícia para apurar outros possíveis crimes.
Histórico de comportamento suspeito
Essa não é a primeira vez que André Elias se envolve em situações preocupantes. Em abril deste ano, ele entrou no campus da Universidade Federal do Amazonas (Ufam) portando um objeto semelhante a uma arma de fogo. A presença dele causou pânico entre os estudantes e mobilizou a segurança da universidade.
Na ocasião, os agentes o abordaram e o retiraram do local. Embora não tenha sido encontrado material ilícito, a universidade confirmou que o suspeito já havia sido visto usando máscaras e armas de brinquedo nas dependências do campus.
Desde então, André passou a ser monitorado pela polícia. A embaixada dos Estados Unidos, inclusive, acionou o Ministério da Justiça diante do risco que ele representa a minorias religiosas
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