Lei no AM estabelece protocolo para abuso contra crianças e adolescentes em clubes e academias esportivas

Manaus (AM) – A prisão de mais um professor de jiu-jítsu em Novo Airão (a 115 quilômetros de Manaus) reforçou a importância da Lei nº 6.573/2023, de autoria do presidente da Assembleia Legislativa do Amazonas (Aleam), deputado estadual Roberto Cidade (UB), que estabelece protocolos de prevenção e combate ao assédio e abuso infantil em clubes formadores e academias esportivas do Estado.

O caso recente envolve o professor José Carlos Menez Correa Júnior, conhecido como “Júnior Pionga”, preso pela Polícia Civil do Amazonas (PC-AM) na terça-feira (25/2).

Ele é investigado por estupro de vulnerável contra duas alunas, de 11 e 13 anos, que participavam de seu projeto de jiu-jítsu em 2023. Além disso, o acusado foi indiciado por perseguição, coação e constrangimento ilegal com uso de arma de fogo.

O Que Diz a Lei?

A Lei de Roberto Cidade exige que clubes e academias implementem um protocolo de segurança, que inclui:

  1. Identificação e avaliação dos riscos de abuso e assédio infantil.
  2. Procedimentos de prevenção e combate a esses crimes.
  3. Exigência de atestado de antecedentes criminais anuais para todos os profissionais e voluntários envolvidos com crianças e adolescentes.
  4. Criação de uma Ouvidoria para receber denúncias, garantindo sigilo e proteção aos denunciantes.

Autor da Lei

Roberto Cidade destacou a necessidade de garantir segurança aos jovens em ambientes esportivos:

“O jiu-jítsu é um esporte bonito, que muda vidas e dá oportunidades. No entanto, é preciso que seja praticado em um ambiente seguro, com pessoas responsáveis e comprometidas em fazer o bem. Vamos cobrar a implementação do protocolo para ampliar a proteção de crianças e adolescentes.”

Impacto do Caso de Novo Airão

O caso de “Júnior Pionga” chama a atenção para a urgência de medidas preventivas. O professor já possui histórico de crimes de abuso contra crianças, evidenciando a necessidade de maior fiscalização e controle nos espaços esportivos.

Próximos Passos

A Aleam planeja buscar associações, escolas e clubes para garantir a implementação do protocolo. A iniciativa visa não apenas punir os culpados, mas também criar um ambiente seguro e confiável para a prática esportiva de crianças e adolescentes.