O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) falou sobre a política de taxação de importações do governo de Donald Trump, nos Estados Unidos, e voltou a prometer reciprocidade às medidas. As informações são de Metrópoles.
“Se taxar o aço brasileiro, nós vamos reagir comercialmente. Ou vamos denunciar na organização do comércio, ou vamos taxar os produtos que a gente importa deles”, disse o presidente. “Se tiver alguma atitude contra o Brasil, haverá reciprocidade”, adiantou.
A declaração foi dada em entrevista à rádio Clube do Pará, na manhã desta sexta-feira (14/2). O presidente viajou à capital paraense para visitar as obras das COP30, que será realizada em novembro deste ano.
Guerra tarifária de Trump
- Desde que assumiu a Casa Branca, em 20 de janeiro de 2025, Trump tem feito ameaças tarifárias como estratégia para proteger os interesses dos EUA.
- Até o momento, haviam sido anunciadas taxações para as importações de produtos do México, Canadá e China.
- Os presidentes do México e do Canadá buscaram entendimentos com os EUA e, temporariamente, as tarifas foram suspensas.
- Trump, porém, anunciou uma taxação de 25% para importações de aço e alumínio, uma medida que afeta o Brasil.
- O presidente dos EUA também decretou, nesta quinta, tarifas recíprocas com todo o planeta.
Nessa quinta-feira (13/2), o presidente norte-americano assinou decreto que determina a reciprocidade de tarifas contra países que taxam importações de produtos provenientes dos Estados Unidos. O texto cita o etanol brasileiro.
“A tarifa dos EUA sobre o etanol é de apenas 2,5%. No entanto, o Brasil cobra uma tarifa de 18% sobre as exportações de etanol dos EUA. Como resultado, em 2024, os EUA importaram mais de US$ 200 milhões em etanol do Brasil, enquanto exportaram apenas US$ 52 milhões em etanol para o Brasil”, diz o documento.
No início da semana, Trump decidiu impor uma tarifa de 25% sobre todas as importações norte-americanas de aço e alumínio. A medida começa a valer a partir de 12 de março.