O estupro coletivo da indígena Rosimar Santos de Oliveira, de 45 anos, em Barcelos (a 399 quilômetros de Manaus), foi filmado pelos estuprados com o celular. Os estupradores mataram Rosimar, que era da etnia Baré, e jogaram o corpo em um terreno. O delegado Paulo Mavignier, da Polícia Civil do Amazonas, definiu a cena como “animalesca”. O crime ocorreu no dia 3 de janeiro
“Circula um vídeo que mostra uma cena animalesca, uma cena de violência extrema contra uma mulher que não merecia passar por isso. Uma mulher que foi agredida de forma covarde. Uma mulher que foi assassinada e estuprada”, disse o delegado em entrevista coletiva na manhã desta quarta-feira (8) em Manaus.
O delegado Guilherme Torres pediu à população que não compartilhe as imagens para preservar e proteger os familiares da vítima. “As imagens do vídeo foram compartilhadas em grupos de WhatsApp”, disse o delegado.
Segundo o delegado John Castilho, da delegacia de Barcelos, o suspeito Sirrico Aprueteri, Yanomami de 19 anos, que está preso, tem antecedentes criminais. Ele é suspeito de estupro em outro estado. Três homens participaram do crime, informou Castilho.
Além de Sirrico, a polícia prendeu Sandoval Aprueteri Yanomami, suspeito de auxiliar na fuga do principal acusado. Klesio Aprueteri Yanomami, de 26 anos, e um adolescente de 17 anos, que também são suspeitos de envolvimento no crime, estão foragidos.
Conforme John Castilho, o crime ocorreu no momento em que a vítima voltava para casa após participar de uma festa. Ela foi estuprada e morta em uma construção abandonada e o corpo jogado em uma área de mata.
Os homens responderão por estupro coletivo e feminicídio.