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Barroso diz que notícias sobre plano golpista são “estarrecedoras”

O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Luís Roberto Barroso, chamou de “estarrecedoras” as notícias sobre um plano golpista para impedir a presidência de Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Os fatos, investigados pela Polícia Federal (PF), vieram a público nesta terça-feira (19/11).

“Nós amanhecemos hoje com notícias estarrecedoras sobre uma possível tentativa de golpe que teria ocorrido no Brasil após as últimas eleições presidenciais”, disse Barroso em sessão ordinária do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), que ele também preside.

Barroso frisou que as investigações ainda estão em curso e é preciso aguardar sua evolução, mas ponderou:

“Tudo sugere que estivemos mais próximos que imaginávamos do inimaginável. O que é possível dizer neste momento é que o golpismo, o atentado contra as instituições e contra os agentes públicos que as integram nada tem a ver com ideologia ou com opções políticas. É apenas a expressão de um sentimento antidemocrático e de desrespeito ao Estado de Direito”.

Em seguida, ele ressaltou que são apurados crimes previstos no Código Penal, acrescentando que os fatos investigados são “uma desonra” para o Brasil.

“Felizmente, o país superou os ciclos do atraso, mas é preciso empurrar para a margem da história comportamentos como esses, que estão sendo noticiados pela imprensa e que são uma desonra para o país”, destacou.

Ele ainda afirmou que “um alento” é saber que as instituições republicanas estão funcionando de forma harmônica, “como deve ser em uma democracia”. E elogiou a condução da investigação pela PF.

Operação Contragolpe

A Operação Contragolpe, deflagrada pela Polícia Federal nesta terça, foi autorizada pelo ministro do STF Alexandre de Moraes. A ação visa desarticular organização criminosa que teria planejado golpe de Estado em 2022 para impedir a posse do presidente eleito, Lula, e atacar o Supremo.

Segundo a PF, havia um planejamento operacional, denominado “Punhal Verde e Amarelo”, para matar Lula e seu vice, Geraldo Alckmin, e o ministro do STF Alexandre de Moraes.

A operação mira os “kids pretos”, que seriam militares da ativa e da reserva. Além deles, um policial federal foi preso.

Um dos alvos é o general da reserva Mário Fernandes, que foi secretário-executivo da Secretaria-Geral da Presidência no governo Jair Bolsonaro (PL) e assessor do deputado federal Eduardo Pazuello, ex-ministro da Saúde de Bolsonaro, entre março de 2023 e março deste ano.