O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), disse que cogita continuar atuando como senador e que quer relatar o novo código penal brasileiro após deixar o cargo de presidente no final deste ano.
As colocações foram feitas durante o LIDE Brazil Conference London, realizado pelo LIDE – Grupo de Líderes Empresariais, em Londres.
“A minha intenção é permanecer no Senado nos próximos dois anos. Quero cuidar de iniciativas que tive a cerca de inteligência artificial, assim como pretendo também relatar o novo código penal do Brasil, que é um enfrentamento que teremos de fazer e isso passa pelo trabalho do Congresso Nacional”.
Durante seu discurso, Pacheco fez um balanço positivo da própria gestão, onde enalteceu a atuação da casa na pandemia e durante as invasões de 8 de janeiro, em Brasília. Para isso, enfatizou o papel do Senado frente à democracia.
Pacheco também defendeu a aprovação da reforma tributária e a colocou como ponto-chave para que o país possa ter desenvolvimento econômico e aplicar estratégias para conter a crise climática.
“Não é a reforma ideal, óbvio que distorções podem ser corrigidas ao longo do tempo, mas é preciso fazê-la porque há uma unanimidade: nosso sistema tributário prejudica nosso setor produtivo, prejudica o crescimento do Brasil e, ao prejudicá-lo, esses conceitos todos vão para o ralo porque precisamos de desenvolvimento econômico e de dinheiro para implementação dessas diretrizes”, destacou.
O presidente do Senado também se comprometeu a defender uma responsabilidade com o gasto público.
“Devo também fazer um compromisso da política. Ao termos uma reforma tributária concebida no Brasil, deve-se ter o compromisso de na outra ponta, como uma outra face da mesma moeda, a responsabilidade da qualificação do gasto público fruto daquela arrecadação. É importante termos marco legal definido de combate a desperdícios, privilégios”, afirmou.
Pacheco enalteceu os programas sociais públicos voltados para combate à fome, mas ressaltou que eles podem ser aperfeiçoados para serem melhor direcionados.
“O Brasil ainda tem o problema da fome e da miséria, por isso o programa social é absolutamente indispensável. Não queiramos criminalizá-lo ou fazer apologia que é uma geração de pessoas desocupadas, são pessoas vulneráveis que precisam de assistência do estado.”
Por fim, o presidente do Senado defendeu o fim da reeleição para o executivo, com mandato de cinco anos, bandeira já levantada pelo senador em outras oportunidades.
‘É um tema muito importante. Ninguém consegue conviver com estado permanente eleitoral, com a busca sempre por um novo mandato”, finalizou.
*Com informações da assessoria