A desembargadora Luiza Cristina Nascimento da Costa Marques, da Segunda Câmara Criminal do Tribunal de Justiça do Amazonas decretou, nesta segunda-feira, 22, a prisão preventiva do delegado Ericson de Souza Tavares, 41 anos. A decisão atende ao pedido do Ministério Público que, pediu, inclusive, a suspensão do exercício da função pública exercida pelo delegado.
Em junho passado, depois de ter a prisão preventiva decretada por suspeita de extorsão, Ericson de Souza Tavares, titular do 6° Distrito Integrado de Polícia de Manaus, deixou a prisão.
Em liberdade, ele foi denunciado pelo MPE de ter publicado o vídeo nas redes sociais com conteúdo obsceno e palavras de baixo calão.
No vídeo, Ericson de Souza entoa funk, emite palavrões, mostra o dedo do meio e zomba da situação que levou à sua prisão.
Nas redes sociais, segundo o MPE, o delegado foi bombardeado pelos internautas por conta da divulgação de vídeo com conteúdo deplorável.
Além de acatar o pedido de prisão, a desembargadora Luiza Cristina Nascimento da Costa Marques também revogou a liminar que mandou soltar o delegado. Na decisão, a magistrada destaca ainda que o delegado deverá ser levado para um local “próprio para os agentes públicos, na cidade de Manaus, seguindo as normas estabelecidas pela Secretaria de Segurança Pública”.
“Ante o exposto, em consonância com o parecer ministerial de fls. 338-344, conheço e denego a ordem de habeas corpus, impetrada em favor de Ericson de Souza Tavares e, consequentemente, revogo a liminar concedida às fls. 348-351 e decreto a prisão preventiva do Paciente, com fulcro no art. 312 do Código de Processo Penal”, diz trecho da decisão desta segunda-feira (22).
Para entender
Ericson foi preso e flagrante dia 23 de março no município de Manacapuru. Como eles, a polícia apreendeu armas não pertencentes às instituições, além de veículos com sinal de adulteração, coletes e carregadores com munições.
De acordo com a polícia, o delegado é suspeito de extorsão mediante sequestro, associação criminosa, ameaça, entre outros crimes.
O caso veio à tona após a polícia militar informar que três veículos estariam envolvidos em um suposto sequestro no bairro Correnteza, em Manacapuru.
Segundo relatos de testemunhas, a denúncia partiu das famílias das vítimas, que disseram que um grupo armado chegou às residências das vítimas e se apresentou como policiais.
Na ação, os envolvidos levaram duas pessoas. Após algumas horas sem serem apresentados na delegacia, a família da dupla resolveu procurar pela polícia.