Ex-namorado de Djidja Cardoso presta depoimento esclarecedor sobre morte e envolvimento com seita

Bruno Roberto da Silva Lima, 31 anos, fisiculturista e ex-namorado de Djidja Cardoso, ex-sinhazinha do Boi Garantido encontrada morta na última terça-feira (28), prestou depoimento ao 1° Distrito Integrado de Polícia (DIP) nesta segunda-feira (3). O delegado Cícero Túlio, titular do DIP, responsável pela investigação, afirmou que o depoimento de Bruno foi bastante esclarecedor.

O fisiculturista estava na casa de Djidja no dia em que ela foi encontrada morta e, segundo um relatório da 6⁰ Companhia Interativa Comunitária (Cicom), foi ele quem chamou a polícia e informou a morte da empresária, proprietária da rede de salões de beleza Belle Femme.

Bruno admitiu ter usado ketamina de forma recreativa, detalhando a polícia como a substância era utilizada durante meditações conduzidas pela família. Ele também explicou a existência de uma tatuagem com o nome da seita, que posteriormente cobriu por discordar das práticas do grupo.

“O depoimento dele foi muito esclarecedor em relação ao uso da ketamina e à dinâmica das meditações conduzidas pela família. Bruno relatou que todos os membros faziam a tatuagem como parte de um acordo induzido pela família, mas ele a cobriu devido a divergências com algumas práticas”, afirmou o delegado Cícero Túlio.

Circunstâncias da Morte de Djidja

“Bruno relatou que estava na residência para auxiliar Djidja a sair do uso de drogas. Ele encontrou Djidja já sem respirar ao lado da cama, com uma xícara quebrada próxima a ela”, declarou o delegado. Djidja, de 32 anos, morreu de overdose de ketamina e outras substâncias ilícitas. Foi Bruno quem acionou a polícia para comunicar a morte.

Prisão de Envolvidos

Na quinta-feira (30), Cleusimar, Ademar Neto, e Verônica Seixas foram presos em cumprimento a mandado de prisão preventiva. Claudiele da Silva e Marlisson Vasconcelos Dantas se entregaram voluntariamente ao 1º DIP. O grupo foi indiciado por tráfico de drogas, associação para o tráfico, além de crimes como falsificação de produtos terapêuticos, curandeirismo, sequestro, cárcere privado e outros. Ademar Neto também foi indiciado por estupro.

As investigações continuam para esclarecer todos os aspectos deste caso complexo que envolve práticas ilegais e atividades de uma seita que colocaram em risco a vida e a saúde de diversas pessoas.