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Bebê vítima de estupro no AM ainda possuía cordão umbilical: ‘caso repugnante’, diz delegado

Manaus (AM) – A Polícia Civil do Amazonas deu detalhes do estupro sofrido por uma recém-nascida de apenas 5 dias de vida no município de Tapauá, no interior do Amazonas. O acusado é um homem de 39 anos, companheiro da avó materna da vítima.

Durante coletiva de imprensa, o delegado Paulo Mavignier, diretor do Departamento de Polícia do Interior (DPI), disse que trata-se de uma investigação da 64ª DIP de Tapauá, que chegou ao conhecimento da equipe de investigação no momento em que o recém-nascido deu entrada na unidade hospitalar do município, na sexta-feira (10), com a parte íntima sangrando.

“É um caso repugnante que chocou a sociedade amazonense, por ser uma criança com apenas cinco dias de nascida. Ainda não tinha nem caído o seu cordão umbilical do bebê, que foi vítima de um criminoso covarde com passagem por estupro tentado”, disse.

O crime

De acordo com a delegada Kelly Souto, da 64ª DIP, o crime ocorreu na noite de quinta-feira (09), por volta das 10h, na casa onde o autor morava com a vítima e o restante de seus familiares.

“A notícia chegou à delegacia por meio da diretora do hospital, após o bebê ter sido levado até lá pelo pai e pela avó materna. Ela estava com as partes íntimas sangrando sem parar, então de imediato a diretora nos procurou para comunicar o fato”, disse.

Conforme a delegada, a equipe policial se deslocou ao hospital, onde a autoridade policial conversou com dois médicos, sendo que um deles é o ginecologista obstetra que fez o parto da criança.

“Ele garantiu que o bebê saiu do hospital completamente saudável e constatou que, pelos indícios, que a criança tinha sido abusada sexualmente. Diante disso, o pai da criança e a avó foram conduzidos à delegacia e a equipe policial seguiu em diligência para a residência, onde o autor foi encontrado”, falouSegundo a delegada, em consulta aos antecedentes criminais do indivíduo, vimos que ele tem passagem por estupro tentado contra uma vítima que era adolescente na época em que o crime ocorreu, em 2016. Toda a família sabia dessa vida pregressa do indivíduo.

“Conversamos com ele e com a sua esposa, momento em que ele confessou a prática. O homem disse que teria sido um acidente, quando ele pegou a criança com a mão e achava que tinha machucado a parte íntima dela com o dedo. Foi quando a criança começou a chorar e ele a devolveu para a mãe”, contou.

De acordo com a delegada, a versão do homem caiu em contradição pois os médicos constataram que havia uma laceração de 1º grau em toda a parte da vulva no introito vaginal, e a parte inferior da vagina estava lacerada, que são causados apenas com a penetração de um pênis pelo diâmetro. O hímen da vítima não foi rompido.

“O choro da criança foi mencionado nos depoimentos de todos os membros da família. Após isso, os pais e o bebê foram dormir e, apenas no dia seguinte, quando foram trocar a fralda dela, viram que havia sangue saindo pela vagina dela. Então foi quando eles a levaram para o hospital e começamos as investigações”, disse.

O homem responderá por estupro de vulnerável e ficará à disposição da Justiça.

*Com informações da assessoria