segunda-feira, 16, setembro, 2024

adm.portalatualizado@gmail.com
(92)98474-9643

Search
Close this search box.

Sobrinho e filho adotivo de ‘Pai Marcos’ são presos por desvios de doações de ONG em Manaus

Imecson Taveira Esmith Pantoja, de 24 anos, e Tito Fabio Rocha Reis Maia, 29, foram presos na quarta-feira (8), em Manaus. Eles faziam parte de uma Organização Não Governamental (ONG) denominada Pai Resgatando Vidas, que utilizava vulnerabilidade de moradores de rua para obter doações e vantagens financeiras.

As prisões são um desdobramento da Operação O Pai tá Off, deflagrada na terça-feira (7), ocasião em que Cid Marcos Bastos Reis Maia, de 49 anos, líder da organização criminosa, e seu filho, Wilson Garcia Bastos Bisneto, 21, foram presos. O grupo criminoso movimentou mais de R$ 20 milhões entre 2019 e 2024.

De acordo com o delegado Marcelo Martins, titular do 24° Distrito Integrado de Polícia (DIP), Imecson Taveira Esmith Pantoja é o filho adotivo de Cid Marcos, já Tito Fábio é sobrinho. A organização criminosa era composta por pessoas do mesmo núcleo familiar.

Imecson Esmith e Tito Fábio tiveram os mandados de prisão cumpridos na delegacia. Eles responderão pelos crimes de organização criminosa, estelionato, maus-tratos, falsidade ideológica, lavagem de dinheiro e ocultação de patrimônio.

Entenda o caso

As investigações revelaram que os autores criaram a referida ONG com objetivos escusos, utilizando a imagem e a situação de vulnerabilidade de moradores de rua para obter doações e vantagens financeiras. Em vez de serem revertidas em benefício dos vulneráveis, essas verbas eram desviadas para o benefício próprio dos autores.

“As investigações tiveram início a partir de diversas denúncias contra indivíduos ligados ao referido projeto social. As denúncias apontavam para a criação de uma espécie de reality show on-line que explorava a vida e o sofrimento de pessoas em situação de vulnerabilidade. Por meio de publicações sequenciais e em grande quantidade de imagens chocantes, os idealizadores do projeto buscavam aumentar o número de seguidores e, consequentemente, obter mais doações”, explicou o delegado.