A defesa de Alexandre Correa entrou com um processo de alienação parental contra a mulher dele, Ana Hickmann. A apresentadora e modelo acusa o empresário, de quem está se separando, de agredi-la em 11 de novembro na casa da família, em Itu, no interior de São Paulo. Os advogados dele agora alegam à Justiça que Ana Hickmann tem dificultado a convivência entre o pai e o filho do casal, Alexandre, de 10 anos, desde o episódio.
As informações são da “Folha de S. Paulo”. Em outra ação, os advogados de Alexandre Correa também pedem a revogação parcial da medida protetiva que impede o empresário de se aproximar da apresentadora, de seus parentes e também da empresa do casal. A defesa pede que ele tenha acesso ao estabelecimento para trabalhar, já que é proprietário de 50% do negócio.
— Ele está proibido genericamente de falar com parentes, amigos e funcionários e de frequentar o seu próprio trabalho, a sua própria casa e de ver o filho. Isso, pra mim, é um abuso muito maior do que o discurso que ela tem empregado — disse o advogado Enio Martins Murad à “Folha”.
O advogado classificou Alexandre Correa como “a verdadeira vítima” do caso e alvo de um “massacre” da apresentadora, que falou sobre o relacionamento e a data da agressão Record, neste domingo. Na entrevista, Ana Hickmann detalhou o comportamento abusivo do empresário e os problemas financeiros da família.
O que é alienação parental
A lei de alienação parental se baseia numa suposta síndrome, descrita pelo psiquiatra americano Richard Gardner, em meados da década de 1980, que acometeria crianças em separações conflituosas. Seria desencadeada por ataques ou atos de difamação contra um dos pais. A medida legal visa a estancar esse processo.
O dispositivo, entretanto, é alvo de críticos porque estaria favorecendo pais agressores e abusadores, acusados de violência física, psicológica e patrimonial contra mulheres e filhos. Em novembro do ano passado, peritos da ONU apelaram ao governo eleito no Brasil para que a lei fosse extinta.
Não há estatísticas nacionais sobre processos de alienação parental, que tramitam em segredo de Justiça. Mas uma pesquisa de estudantes da UnB orientados por Wiecko analisou 95 decisões do Tribunal de Justiça de São Paulo entre 2016 e 2019. Em 32 sentenças, a Justiça reconheceu a alienação parental. Em 24 (75%), a mãe foi declarada alienadora.
Em 13 casos (54%) de mães supostamente alienadoras, foram determinadas multas, inversão da guarda e até proibição de contato com o filho. Quando o pai foi considerado alienador, só em dois casos (25%) foram aplicadas inversão da guarda e multa.
Alexandre Correa diz que não vê filho há 17 dias
Pelas redes sociais, Alexandre Correa se pronunciou sobre as medidas que os advogados dele e da ex-mulher, Ana Hickmann, estão tomando para que ele possa ver o filho deles.
Em um vídeo gravado para os stories, o empresário surgiu sorridente e falou que está há 17 dias sem ver o menino. “Protocolamos o pedido para organizar, junto aos advogados da Ana e a própria Ana, pra ver o Alezinho. A expectativa é grande de o juiz dar esse despacho logo. Estou há 17 dias sem vê-lo”, explicou.
Apesar da distância, Alexandre contou que a apresentadora fez o contato dos dois por meio de chamada de vídeo.
“Matamos a saudade. Minha prioridade não é voltar para a empresa, é ver meu filho, abraçar, jogar bastquete, beijá-lo, amassá-lo e fazer tudo o que der. Fica meu recado para que as coisas não fiquem distorcidas. Um beijo grande”, encerrou.
No domingo (19), Ana Hickmann concedeu uma longa entrevista ao programa “Domingo Espetacular”, da Record TV, em que fala sobre os abusos sofridos pelo ex-marido, chamando-o de canalha, agressor e dizendo que não era “mulher de malandro”.
Ela relatou também os problemas com dívidas que o ex-casal enfrentava e que, o fato de falar do assunto para o filho, iniciou a discussão e a posterior agressão.
“Ele (Alexandre) veio sim para me dar uma cabeçada. Ele não me acertou porque eu me esquivei”. Ana, então, conseguiu escapar, pegou o celular e disse que ia chamar a polícia. “Gritei muito, fiquei com medo dele”.
Com informações de: O Globo