O Brasil está com a vaga encaminhada por equipes no feminino para a ginástica artística das Olimpíadas de Paris 2024. Em 3º lugar no Mundial da Antuérpia, após a classificatória na manhã desta segunda-feira, o país também deve disputar a final com a seleção formada por Rebeca Andrade, Flávia Saraiva, Jade Barbosa, Lorrane Oliveira e Júlia Soares. Com a zona de classificação até o 12º lugar, o Brasil precisa apenas aguardar até o final do dia os países restantes para carimbar o retorno como equipe aos Jogos Olímpicos.
Rebeca Andrade mostrou que está pronta para defender o título de campeã mundial e está praticamente garantida na final do individual. A ginasta de 24 anos se colocou em 4º no ranking, com a média de 56,865 pontos. Ela também encaminhou classificação nas finais do salto (2º lugar), da trave (4º lugar) e do solo (3º lugar). Está no momento com a oitava e última vaga nas barras assimétricas, uma posição difícil de manter até o fim da classificatória.
Flávia Saraiva também foi bem e está logo atrás de Rebeca no individual geral, também com a vaga na final praticamente assegurada. É a quinta colocada, com 54,699 pontos. Ela também se colocou bem na briga por uma vaga na decisão do solo. Está na quarta posição, com 13,833 pontos.
O sportv 3 transmite ao vivo todas as finais do Mundial da Antuérpia, e o ge acompanha em tempo real os brasileiros nas disputas por medalhas, a partir de terça-feira (03/10).
Prova a prova
Trave
Como em 2022, Julia abriu a participação do Brasil no Mundial, mais segura desta vez. Com uma apresentação firme, conseguiu 13,200 pontos e trouxe confiança para a equipe. Na sequência, a experiente Jade Barbosa teve alguns desequilíbrios ao longo da apresentação, mas sem quedas (12,400 pontos). Flávia Saraiva também fez uma apresentação limpa, com acrobacias plásticas e poucos desequilíbrios. Tirou 13,400 pontos. O Brasil ainda entrou com recurso para aumentar em três décimos a nota de dificuldade de Flavinha, mas a arbitragem rejeitou o pedido. Rebeca fechou a primeira rodada cravando a saída e fez a melhor pontuação do grupo brasileiro com 13,800 pontos, mostrando que o Brasil chegou forte no Mundial de 2023.
Solo
Jade fez uma boa apresentação, apesar de pisar fora numa das sequências acrobáticas. Perdeu três décimos por conta da falha, mas ainda tirou 12,833. Julia fez uma série praticamente sem erros e levantou a torcida brasileira presente na arena Sportpaleis, na Antuérpia. ginasta de 18 anos conseguiu uma boa nota dos jurados com 13,200 pontos. Estrela mais aguardada da manhã, Rebeca mostrou pela primeira vez ao público a nova coreografia ao som de Beyoncé e Anitta e foi muito aplaudida. Apesar de cravar apenas uma das chegadas das sequências acrobáticas, a atual campeã mundial tirou 14,033 pontos, maior nota do grupo. A última a fechar para o Brasil foi Flavinha. A brasileira praticamente cravou a série e ficou com 13,833 pontos.
Salto
Julia abriu o salto com um elemento mais simples e conseguiu uma nota de 12,866 pontos. Jade saiu sorridente após uma boa execução de uma dupla pirueta, garantindo 13,833 pontos. Na sequência, Flavia também fez o Yurchenko com dupla pirueta e conseguiu uma boa nota (13,866 pontos). Campeã olímpica em 2021 no salto, Rebeca ficou fora da final do Mundial em 2022 por ter falhado no segundo salto, mas conseguiu se recuperar em 2023. Mostrou boa execução nos dois voos. Primeiro um Cheng quase cravado (14,900), depois um bom Yurchenko com dupla pirueta (14,366). Com a média de 14,633 pontos, terminou em segundo no ranking do aparelho, apenas atrás de Simone Biles, que homologou o salto mais difícil da ginástica feminina, o Biles II, na classificatória de domingo.
Barras
O Brasil só teve problemas nas barras. Lorrane Oliveira abriu a apresentação do país com uma queda no aparelho (12,033). Flavinha acertou sua série e conseguiu 13,600. Vice-campeã mundial das barras em 2021, Rebeca falhou em um dos movimentos e tirou 13,866 pontos, ainda uma boa nota, mas que dificilmente vai lhe render uma vaga na final do aparelho – está com o oitavo posto para a decisão no momento e não pode ser ultrapassada por ninguém. Jade Barbosa fechou o dia com um 12,766 nas barras.
Masculino fora por equipes, mas com 2 vagas no individual
O Brasil não conseguiu a vaga por equipes masculinas na ginástica artística das Olimpíadas de Paris 2024. Depois de ter feito uma boa classificatória no sábado apesar dos desfalques de peso de Arthur Zanetti e Caio Souza, a seleção brasileira viu adversários ultrapassá-la na manhã do último domingo, terminando o Mundial da Antuérpia na 13ª colocação, um posto abaixo da zona de classificação, mas com direito a uma vaga individual.
Um segundo posto foi conquistado por Diogo Soares pelo desempenho no individual geral. Arthur Nory foi à final da barra fixa e também pode se garantir nas Olimpíadas no próximo domingo.
As próximas oportunidades para classificação olímpica no individual geral serão na Copa do Mundo de 2024, onde duas vagas por gênero sairão em cada aparelho. E as vagas remanescentes serão distribuídas durante o Campeonato Continental de 2024, com base no desempenho no individual geral, sendo concedida uma vaga por continente, tanto no masculino quanto no feminino.
Com informações de: GE