segunda-feira, 13, janeiro, 2025

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Quadrilha usava aplicativo de transporte para vender droga via Pix

Investigação da Polícia Civil de Pernambuco mostra que a quadrilha alvo da Operação Desconexão, deflagrada nesta sexta-feira (27), era comandada de dentro do Presídio de Igarassu, no Grande Recife, e usava aplicativos de transporte para vender drogas. Os entorpecentes eram pagos via Pix.

O Diario de Pernambuco apurou que os líderes do grupo eram Adriano Fernandes da Silva, conhecido como “Bruxo”, e Ismael Araújo da Silva, o “Leão”. Eles estavam presos em Igarassu e comandavam as ações do bando por meio de celulares clandestinos, segundo a investigação.

A organização criminosa seria responsável por controlar o tráfico de drogas e de armas em Itapissuma, cidade vizinha à cadeia, de acordo com a polícia. Os crimes eram articulados por WhatsApp e foram descobertos após a apreensão dos aparelhos dos líderes.

Segundo a investigação, coordenada pelo Departamento de Repressão ao Narcotráfico (Denarc), foram encontradas “inúmeras mensagens nas quais os envolvidos articulam o preço e a entrega de drogas em grandes quantidades, posse e porte de arma de fogo”.

De acordo com a polícia, o grupo se dividia em três núcleos: o tráfico de drogas, o setor financeiro, que recebia os pagamentos por Pix, e o operacional, responsável pelo transporte dos entorpecentes por meio de motoristas de aplicativo. 

Além das lideranças, a Polícia Civil pediu a prisão de outros 15 suspeitos. Entre eles, estão Augusto Marques de Oliveira, o “Auau”; Mikael José Braz de Olivera, o “MK”; Hiego Guilherme da Silva, o “Baitala”; Pedro Gabriel Muliterno Sousa, o “Pedro Bala”, e Vinícius Henrique de Andrade, o “Noinha”. Todos eles fariam parte do núcleo operacional.

Também são investigados, nesse grupo, Alison Henrique da Silva Costa, o “Mantega; Vitor Hugo Medeiros de Souza Lucena, o “VH”; Niedson Coelho Jorge, o “Aleijado”, e Davi Joaquim Lima da Silva, o “Davi Uber”. Fecham a lista de alvos os suspeitos Ruann Almeida Mota e Cícero Pereira de Lima Júnior e João Paulo Duarte Francisco.

Já Adriana Fernandes da Silva Viera, Suely Maria Cosme da Silva, Joicy Kelle Cordeiro da Silva são investigadas por supostamente atuar no setor financeiro da organização criminosa.

“Cada integrante tinha sua função bem delimitada”, afirmou o delegado João Carlos Oliveira, da 1ª DPRN. “Havia dois motoristas de aplicativo que se utilizavam da sua função para fazer o transporte da droga dos integrantes do grupo.”

A investigação começou em fevereiro de 2024. Com 80 policiais empenhados, a Operação Desconexão cumpriu 15 mandados de prisão e outros 15 de busca e apreensão no Recife, Paulista, São Lourenço da Mata, Carpina, Igarassu e em Santa Rita, na Paraíba. Uma pessoa também foi presa em flagrante.

Com informações de Diário de Pernambuco.